A Polícia Civil divulgou, nesta terça-feira (26), a identificação de seis pessoas que fazem parte de uma associação criminosa responsável por vários assassinatos na Serra e no interior do Espírito Santo.
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Cinco estão envolvidos em um assassinato ocorrido no dia 22 de julho, na Estrada de Queimados, na Serra e um, que está foragido, é apontado como mandante do crime.
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Antônio Carlos Ferreira Benedito (Orelha), de 23 anos, Gabriel Butter Agra de Araújo, de 20, Matias Santos Amaral (Maluquinho), de 18, e Manoel Muniz Júnior (Alves), de 35
As investigações apontaram que Antônio Carlos Ferreira Benedito, conhecido como “Orelha”, de 23 anos; Gabriel Butter Agra de Araújo, de 20; Matias Santos Amaral, conhecido como “Maluquinho”, de 18, e Manoel Muniz Júnior, o “Alves”, de 35, participaram do assassinato de um jovem identificado como Delcimar Cardoso Júnior, de 17 anos no mês de julho.
De acordo com o delegado Rodrigo Sandi Mori, chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, os criminosos participaram do crime a mando do chefe do tráfico de drogas do Campo do Brasil, Marcos Antônio Soledade Silva, conhecido como “Coroa”, de 31 anos, que está foragido.
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Marcos Antônio Solidade Silva, conhecido como ‘Coroa’, está foragido e é apontado como mandante de assassinato na Serra
“Três suspeitos pegaram a vítima e depois o Alves e um adolescente que estavam armados. No trajeto de oito quilômetros até o local do crime eles foram pisando e batendo na vítima. No local da execução, o Alves desembarcou segurando a vítima pelo pescoço e efetuou o primeiro disparo no rosto da vítima. O adolescente efetuou mais 12 disparos e o Alves efetuou um último disparo na cabeça. Os cinco voltaram para o bairro e ficaram bebendo e se divertindo até às 5 horas da manhã. Alves e o adolescente, inclusive, demonstraram frieza e debocharam da situação em áudios de WhatsApp”, contou o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, o grupo é responsável por assassinatos na Serra e em Santa Maria de Jetibá e também ostentava armas nas redes sociais.
“Poucos dias antes do crime eles gravaram um vídeo ostentando armas de fogo no interior do carro usado no assassinato. A prisão deles significa desestruturação de um dos grupos mais violentos que atuavam na Serra e em Santa Maria de Jetibá. O Alves comanda o tráfico em Santa Maria de Jetibá e é investigado por três homicídios naquela cidade e estava tentando expandir seu território dando apoio aos traficantes de Carapina Grande, na Serra”, disse.
Motivação
O delegado explicou que a vítima foi morta em julho porque estaria cometendo roubos nos bairros André Carloni e Carapina Grande, mas o que chamou atenção é que um deles se aproximou da vítima e furtou o tênis e a jaqueta dela após o crime.
“É um grupo extremamente violento. Quatro deles confessaram a participação no crime demonstrando frieza e deboche da situação”, explicou.
As prisões aconteceram em um período de dois meses, entre os dias 22 de julho, quatro horas após o crime, e 15 de setembro.
Segundo a polícia, um adolescente envolvido no assassinato foi morto em 27 de agosto no bairro Carapina Grande por causa da disputa do tráfico de drogas entre traficantes das regiões do Campo do brasil e o Ponto Final.
Os presos foram autuados por homicídio qualificado, corrupção de menores e um deles por furto, porque furtou a jaqueta e o tênis da vítima.
G1 ES