Um idoso foi detido e levado para a Delegacia Regional de Vila Velha na noite desta segunda-feira (18) suspeito de maus-tratos a animais. Cinco cães, além de uma carcaça, foram encontrados desnutridos e sem água e comida dentro um terreno do bairro Araçás, pelo qual ele é responsável.
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Agentes da Guarda Municipal de Vila Velha estiveram no local após receberem denúncias de moradores. Um veterinário constatou o estado crítico dos animais.
“O veterinário responsável pelo setor emitiu laudo de maus-tratos. No local, havia três cães machucados, com doenças de pele, dois filhotinhos e havia também um animal que que já havia morrido, estava em decomposição no mesmo ambiente dos outros animais”, disse a inspetora Suellem de Oliveira.
Ainda segundo Suellem, a Guarda Municipal já esteve outras duas vezes no local.
“Nós já cumprimos, com o apoio do Meio Ambiente, duas outras ouvidorias no local. O proprietário do terreno já havia sido notificado, já havia sido feita a solicitação de adequação do local, mas não foi obedecida”.
“Muito medo, muita fome e muita sede. De tanto que a gente encontrou um animal morto, só a carcaça lá”, relatou uma moradora que denunciou o proprietário e que prefere não ser identificada.
Ela, que vê a situação se repetindo há tempos, conta que tem receio de que a situação continue acontecendo.
“A prefeitura vai, retira o lixo, retira os animais, a própria vizinhança vai e retira os animais, mas ele vai na rua, busca mais animais e joga dentro do terreno baldio, fecha e não deixa que ninguém os alimente, nem pegue, nem faça nada. Que eu me recordo faz mais de cinco anos (que isso acontece).
A Prefeitura de Vila Velha informou que os animais foram resgatados e levados para uma clínica veterinária conveniada com o município para receber o tratamento.
Em nota, a Polícia Civil informou que o suspeito, 69 anos, conduzido à Delegacia Regional de Vila Velha, foi ouvido e liberado após a autoridade policial entender que não havia elementos suficientes para lavrar auto de prisão em flagrante naquele momento.
O caso seguirá sob investigação da Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).
G1 ES