A diretora-geral do Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), Graziela Salaroli relata estar sofrendo ameaças de morte mais uma vez. A médica já havia sido alvo de ameaças em 2020, quando ainda era diretora administrativa do hospital.
Diferentemente da primeira vez, em que uma pessoa contratada para matar Graziela e uma outra diretora desistiu do serviço e as avisou sobre a existência de um novo assassino, agora as ameaças foram feitas de forma direta, por mensagem de texto endereçadas à Graziela.
“As ameaças têm o mesmo teor. Não consigo dizer quem é ou quem são, mas tendo em vista a atuação profissional que exerço, pode ser motivado pela nossa forma de trabalho aqui no hospital”, disse Graziela.
Como diretora-geral, o trabalho de Graziela não se limita apenas às questões médicas e administrativas, mas também com o que diz respeito às questões financeiras. Esse, de acordo com ela, pode ser o motivo das ameaças.
“As ameaças desta vez foram diretas, feitas por SMS, falando que a gente precisa ‘parar de atrapalhar a vida da pessoa, e diz como se estivéssemos devendo algo a essa pessoa. Nós [o hospital] não devemos nada a ninguém, quando não pagamos algo é porque de fato não era para ser pago”, afirmou a diretora.
Foram feitas ameaças de morte contra Graziela, seus familiares e até a um comércio do qual Graziela é dona e a pessoa admite conhecer.
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A polícia foi acionada e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) faz o intermédio entre Graziela e a investigação.
Por decisão da Sesa, não foram passadas para a reportagem as imagens das ameaças feitas. A diretora também prefere não ter a imagem divulgada.
Por meio de nota, a Sesa confirmou as ameaças feitas à diretora e disse que o caso está sendo acompanhado pela polícia. Confira a nota na íntegra:
“A Secretaria da Saúde (Sesa) informa que uma integrante da diretoria do Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG) recebeu nova ameaça de morte via SMS nesta quarta-feira (02).
A Sesa repudia tais ameaças e esclarece que todas as medidas necessárias sobre o fato já estão sendo adotadas pelas autoridades de segurança pública, a partir do registro do boletim de ocorrência.
A Sesa se solidariza com a profissional, que tem prestado um importante serviço à saúde das crianças capixabas, modernizando a gestão da unidade e avançando nas medidas de transparência e enfrentamento a possíveis inconformidades”.
G1 ES