Com espera que pode ultrapassar 4h, pacientes reclamam do atendimento na UPA de Carapina na Serra, ES

“Só do horário que eu cheguei até agora, já vi gente aqui desmaiando, já vi uma senhora que chegou aqui na cadeira de rodas e ficou um longo prazo de espera, uma mulher operada que chegou aqui, que fez uma cesariana, vomitando muito, que ficou muito tempo aguardando pro atendimento”, relatou a operadora de caixa Deyse Souza, que esperou mais de quatro horas para ser atendida.

Em menos de uma semana, o ajudante de cozinha Marcus Santos precisou levar a filha à UPA de Carapina duas vezes. Nesta segunda, a espera foi de duas horas.

“Tô vindo pela minha filha, que já tem uns oito dias, essa é a segunda vez que eu venho trazer ela, que ela tá sentindo dor. Eu acho que os médicos aqui, eles deveriam, veio uma vez, não conseguiu resolver, aplicou remédio, não resolveu, tem que fazer um exame pra descobrir a causa do problema”, disse Marcus.

Pacientes aguardavam do lado de fora da UPA de Carapina, na Serra, na Grande Vitória — Foto: Reprodução/TV Gazeta

A reclamação era generalizada, e até pacientes que aguardavam para fazer procedimentos mais simples, como retirar pontos de um ferimento, não conseguiam ser atendidos.

“Fui pra triagem, onde tem as enfermeiras de plantão, e se negaram a tirar os meus pontos, falando que era pra esperar o posto de saúde abrir, que é na quarta-feira”, disse uma motociclista, que pediu pra não ser identificada.

A diarista Eliane Gomes precisou sair de casa para ficar com o bisneto de 11 meses depois que a neta dela foi chegou quase desmaiando à UPA e não foi atendida.

“Uma covardia. É uma covardia. É revoltante!”, falou a diarista.

Além da reclamação pela demora, os pacientes reclamaram que quando finalmente eram atendidos, as consultas eram rápidas e não resolviam o problema deles.

“A metade das pessoas que estão aqui, ninguém foi atendido, aqui na triagem. Eu só fui atendida porque vocês chegaram”, disse a cuidadora Ana Cristina Demoner à reportagem da TV Gazeta.

“A maioria das vezes, isso aqui tá lotado e o atendimento é péssimo!”, reclamou a a operadora de caixa Deyse Souza.

“A gente está defendendo um direito nosso, o seu, o de cada um”, falou o ajudante de cozinha Marcus Santos.