De acordo com a PF, a traficante era última remanescente ainda em liberdade da organização criminosa.
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Uma ação conjunta entre policiais federais do Espírito Santo e da delegacia da Polícia Federal de Campos dos Goytacazes (RJ) prendeu, na noite desta quinta-feira (21), uma traficante foragida conhecida como “Bilzinha”.
Segundo a PF, ela é integrante de uma organização criminosa que, mesmo em outro estado, era uma das responsáveis pelo tráfico de drogas em São Mateus e Conceição da Barra, no Norte do ES. A prisão aconteceu em Campos.
Ainda de acordo com a PF, a organização aterrorizava cidades do Norte do ES e “Bilzinha” era a última remanescente ainda em liberdade do grupo.
A PF divulgou que o grupo é uma quadrilha armada do homem conhecido como “Robocop”, um “traficante extremamente violento com envolvimento em vários homicídios na disputa pelo controle das áreas de venda de drogas”.
Segundo a polícia, “Robocop” foi surpreendido e preso por policiais militares em um quarto de hotel, em Goiânia, em junho deste ano. No mesmo mês, outro importante membro da organização, “Mirim”, foi preso em Nanuque (MG).
Dando continuidade aos trabalhos de busca e captura, no mês de agosto, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Governador Valadares, em Minas, prendeu outros dois integrantes da quadrilha de “Robocop”, conhecidos como “Mykon” e “Guzinho”.
“Guzinho”, segundo a PF, é tido como um dos executores da organização criminosa e suspeito de ter envolvimento em mais de 20 assassinados na região de Jaguaré, no Norte do ES.
A prisão de “Robocop” gerou uma debandada em seu grupo criminoso, forçando os integrantes de relevo da organização a se esconderem em outros estados brasileiros para evitar a prisão no Espírito Santo e viabilizar a continuidade do tráfico de drogas.
Durante as investigações para localizar e prender “Bilzinha”, um morador da periferia de Guriri, em São Mateus, falou sobre os métodos da traficante para a PF.
“Uma vez um conhecido meu lá do Ribeirão foi na casa de ‘Bilzinha’ pedir pra ela descobrir quem tinha assaltado ele no bairro. Ele me disse que tinham seis armas em cima da mesa, que ela estava limpando. Aí chegou uns caras e ela foi entregando as armas e disse ‘vai lá e mata todo mundo que tiver lá, não deixa ninguém'”, disse o morador, segundo a PF.
A PF não divulgou os nomes de batismo dos criminosos presos.
Para o superintendente da PF no Espírito Santo, Eugênio Ricas, as prisões realizadas “demonstram de forma cabal a eficiência do modelo de trabalho de uma força-tarefa”.
Para ele, “a capilaridade da PF, que tem unidades em todo o território nacional, e o trabalho de cooperação com outras forças, de outros estados, foram fundamentais para colocar fim a uma organização criminosa que aterrorizou, por muito tempo, o Espírito Santo”.
Nos próximos dias, a força-tarefa de segurança pública no Espírito Santo, que já conta com a adesão da PF, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e das guardas municipais de Vitória e Vila Velha, começará a operar com foco no combate à criminalidade organizada e violenta.
G1 ES