Uma baleia jubarte com mais de 12 metros de comprimento e cinco toneladas foi encontrada morta na Praia Formosa, em Aracruz, no Norte do Espírito Santo. A carcaça do animal foi enterrada neste sábado (8) na mesma região.
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Moradores do distrito de Santa Cruz avistaram a baleia no mar da Praia Formosa na quarta-feira (5) e acionaram os órgaõs responsáveis.
Baleia jubarte de 12 metros é encontrada morta em praia de Aracruz, ES
Na sexta-feira (7), especialistas da empresa CTA, contratada pela Petrobras para fazer o monitoramento das praias do Espírito Santo, informaram à prefeitura que o animal havia sido arrastado para areia da praia.
Segundo a bióloga e coordenadora de Unidades de Conservação de Uso Sustentável da secretaria municipal de Meio Ambiente, Priscilla Nobres, a parti daí, começou uma mobilização do CTA, Instituto Orca e prefeitura da cidade para dar destino correto e digno ao animal que já estava em estado de decomposição.
“Antes disso não tem muito o que fazer, a não ser esperar o animal se aproximar da areia. O Instituto Orca fez a necropsia pra identificar a causa morte, mas ainda não recebemos o resultado”, disse a bióloga.
Priscilla Nobres disse que a carcaça do animal foi enterrado a mais de cinco metros de profundidade, o mais distante possível da linha de maré, como determina o protocolo. Uma restroescavadeira e outra máquina foram usadas na operação.
Segundo o Instituto Orca, essa já é décima oitava baleia que aparece morta no litoral capixaba em 2022.
“O que é muito triste. Porque as baleias, por um longo período sofreram com a caça predatória, e ainda que essa prática não seja ativa e o número populacional vem tendendo a se estabilizar, outros perigos potenciais podem ser bem reais, como a enorme quantidade de micro plásticos nos mares que acaba sendo ingerido por meio da sua alimentação. Baleias jubartes são filtradoras e se alimentam de micro crustáceos. Então, é uma luta quase invisível. Ver esses seres gigantes tão vulneráveis a isso e a tantas outras coisas é devastador”, desabafou a bióloga.
Priscilla Nobres disse ainda que a recomendação, em casos de baleias mortas serem encontradas nas praias por moradores, é não se aproximar tanto do bicho.
“É importante não tocar, porque não sabendo a causa da morte evita contaminação. Além disso, o adiantado estado de decomposição envolve bactérias e outros organismos que é melhor não manter contato”, explicou.
G1 ES