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A partir de janeiro de 2023, o governador, o vice-governador, os secretários e os deputados estaduais terão aumento de salário.

A partir de janeiro de 2023, o governador, o vice-governador, os secretários e os deputados estaduais terão aumento de salário. A lei foi aprovada na Assembleia Legislativa (Ales) na última quinta-feira (22) e foi sancionada pelo governador Renato Casagrande (PSB) nesta segunda (26). Somados, os custos dos novos salários do Governo do Estado e da Ales vão custar R$ 4,4 milhões em 2023.

Com o aumento, os subsídios mensais do governador, do vice-governador e dos secretários de estado, passam a ser, respectivamente, de R$ 29.496,99, R$ 26.801,03 e R$ 23.470,72.

  • Governador: de R$ 25.231,90 para R$ 29.496,99

  • Vice-governador: de R$ 22.925,76 para R$ 26.801,03

  • Secretários: de R$ 20.076,99 para R$ 23.470,72

  • Deputados estaduais: recebem atualmente R$ 25.322,25, valor que pode chegar a R$ 34.774,64 em 2025. No caso dos deputados, o aumento será escalonado.

O último aumento para os membros do primeiro escalão do Poder Executivo aconteceu em fevereiro de 2022, fixado pela Lei 11.434/2022. O governador passou a receber R$ 25.231,90; o vice-governador, R$ 22.925,76; e os secretários estaduais, R$ 20.076,99.

Já para os deputados estaduais, foi a partir de fevereiro de 2015, conforme a Lei Estadual 10.317/2014. O salário foi fixado em R$ 25.322,25.

Os novos salários do governo estadual vão custar mais de R$ 1,6 milhão por ano.

Já para os deputados, considerando que o valor é escalonado, os impactos previstos são de R$ 2,8 milhões em 2023, R$ 3,8 milhões em 2024 e R$ 4 milhões e seiscentos mil reais em 2025.

Sessão em que foi votado o aumento de salários dos deputados, do governador, do vice-governador e dos secretários de estado na Ales — Foto: Ana Salles/Ales

O projeto foi aprovado na Assembleia Legislativa por 27 votos favoráveis e dois votos contrários.

Os deputados Sergio Majeski (PSDB) e Carlos Von (DC) votaram contra os aumentos. Renzo Vasconcelos (PSC) não estava presente na sessão.

O aumento foi proposto pela mesa diretora da Assembleia.

A reportagem tentou falar com o presidente da Ales, Erick Musso (Republicanos), o primeiro secretário, deputado Dary Pagung (PSB) e com o primeiro vice-presidente, deputado Marcelo Santos (Podemos).

Erick Musso e Dary Pagung disseram que estavam fora da capital e não quiseram gravar entrevistas. Já o deputado Marcelo Santos não respondeu às tentativas de contato.

Reajuste ‘escancara a desigualdade’

 

Hélio Filho/Governo do ES — Foto: Palácio Anchieta, sede do Governo do Espírito Santo

Para a Organização Não Governamental (ONG) Transparência Capixaba, o aumento aprovado, apesar de ter base legal, só escancara a desigualdade econômica no Brasil.

“Não há que se questionar a legalidade, neste momento. Mas a população, que é diretamente afetada, pela perda de investimentos públicos, pela redução dos gastos públicos, ela tem legitimidade em questionar, porque ela vê uma desproporcionalidade entre o que se aumenta de salários e benefícios que são concedidos a essas carreiras [políticas] e aquilo que é ofertado em serviços públicos para a população que paga impostos”, falou Rodrigo Rossoni, secretário-geral da Transparência Capixaba.

Para o secretário-geral da Transparência Capixaba, o fato do projeto tramitar de forma rápida, sem debate com a sociedade e na temporada de festas de fim de ano leva a percepção da população de que há algo de irregular no reajuste, mesmo sendo algo legal.

“O momento para esses aumentos acontecerem ele é sempre furtivo, ele sempre acontece, aparentemente, às escuras, entre uma data de Natal e Ano Novo, então isso leva as pessoas a questionarem por que, se algo é legal, é legítimo, tem que ser feito dessa forma, sem transparência, sem o devido debate, sem informar às pessoas porque esse aumento precisa acontecer. Então as pessoas acabam questionando”, disse.

Justificativa

 

O texto da proposta, assinado pelo presidente da Assembleia, Erick Musso (Republicanos), e pelos primeiro e segundo secretários da Mesa, Dary Pagung (PSB) e Alexandre Quintino (PDT), respectivamente, vem acompanhado de uma justificativa:

“No que tange ao subsídio dos deputados estaduais, os novos valores propostos ainda estão consideravelmente abaixo da inflação acumulada no período, tratando-se, portanto, de recomposição parcial. O IPCA acumulado desde a fixação do subsídio ora praticado foi de 56,54%, enquanto a reposição proposta alcançará recomposição de 37,33%”.

G1 ES