A Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp) divulgou nesta sexta-feira (19) as prisões e o raio-x da organização criminosa responsável por uma série de ataques na Grande Vitória e também por execuções ocorridas no interior do estado.
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Ao todo, 24 integrantes do grupo foram presos desde setembro até o momento. Outras 19 pessoas estão foragidas.
O foco principal da Operação Sicário foi a região do “Território do Bem”, situada nos bairros da Penha, São Benedito e em regiões vizinhas, além de outros pontos adjacentes na Região Metropolitana da Grande Vitória.
Carlos Alberto Furtado, conhecido como Beto; João de Andrade, conhecido como Joãozinho da 12; Itamar Martins Falcão; Cleuton Gomes Pereira, conhecido como Frajola e Gleydson Luiz de Oliveira, conhecido como Gleycinho, integram comando central de organização criminosa, de acordo com a polícia.
Carlos alberto Furtado; João de Andrade; Itamar Martins Falcão; Cleuton Gomes Pereira e Gleydson Luiz de Oliveira integram comando central de organização criminosa .
Também foram divulgadas imagens de criminosos ostentando armas. Um deles aparece até com uma granada na cintura.
De acordo com o delegado Romualdo Gianordolli, responsável pela investigação, o comando central da organização fica dentro do presídio.
“Lá eles abrem guerra. Se quiser abrir guerra contra o bairro tem que passar pelo comando central. Cada morro tem sua liderança. Depois desce para os gerentes, depois tem o pessoal da contenção, que pegam em arma e cometem os homicídios. E depois tem os olheiros”, explicou ele, sobre a hierarquia do crime.
Perfil dos presos
Entre os presos está Tiago Cândido Viana, conhecido como Baé. De acordo com a polícia, ele é o fornecedor de drogas e armas da facção.
“Fornecedor de armas de grosso calibre. Ele não aparece em fotos, não frequenta o bairro e só faz as negociações com a liderança”, disse o delegado.
Tiago Cândido Viana, conhecido como Baé, foi preso e é apontado como fornecedor de armas e drogas de organização criminosa que atua no ES
O perfil dos presos chama atenção. São adolescentes e jovens com idades entre 12 e 28 anos. Todos fortemente armados e considerados agressivos e perigosos pelas forças policiais.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, a Polícia Civil vai continuar monitorando os criminosos.
“Pra gente é muito importante retirar esses indivíduos extremamente violentos dessas comunidades de vulnerabilidade social”, disse.
G1 ES