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Rodoviários decidem fazer greve a partir deste domingo (17)

Neste domingo (17), a partir da primeira hora, os rodoviários que atuam no Sistema Transcol deverão iniciar uma greve. A decisão foi tomada em assembleia que durou cerca de três horas na tarde deste sábado (16).

De acordo com um dos diretores do Sindicato dos Rodoviários, Zedequias Inácio, a maioria dos trabalhadores apoiou a deliberação da greve e já na madrugada deste domingo os coletivos já não sairão das garagens.

 

“A maioria decidiu pela greve, então ela será iniciada já à zero hora.Os rodoviários não aceitam o decreto do governo que tira a função do cobrador dos coletivos, porque a gente teme a perda de emprego. A medida pode até ser para proteger a todos, mas a categoria está preocupada com o desemprego”, explicou.

 

Segundo ele, ainda, somente a revisão do decreto por parte do governador Renato Casagrande poderia fazer com que a categoria desista da greve. O decreto suspende a função dos cobradores pois, a partir deste domingo, os usuários não poderão mais pagar as passagens com dinheiro – somente usando o CartãoGV.

 

A medida, que retira o dinheiro a bordo, é mais uma ação para diminuir o risco de contágio pelo novo Coronavírus (Covid-19). Cartões de vale transporte ou cartões cidadão antigos, que passaram pelo processo de migração no ano passado também podem ser utilizados, incluindo os cartões dos sistemas municipais.

 

Por meio da assessoria de comunicação a Secretaria de Estado de Mobilidade (Semobi) informou que “o governo do Estado não entende a motivação para qualquer movimento de paralisação dos rodoviários neste momento, uma vez que os profissionais serão afastados por meio da Medida Provisória 936, garantindo a remuneração em dia, com todos os benefícios, e a manutenção do emprego para estes profissionais.

 

Além disso, cerca de 90% destes trabalhadores já assinaram a suspensão do contrato de trabalho, concordando com o afastamento provisório e que a medida foi adotada levando em consideração o aditivo assinado pelos rodoviários e o sindicato patronal, que permite a adesão à MP.

 

O governo do Estado , por meio da Semobi, vem conversando com os representantes da categoria para adoção de medidas que visem assegurar a saúde do trabalhador, a remuneração em dia e o próprio emprego.

Inclusive, todos estes pontos foram esclarecidos na reunião que ocorreu na última quinta-feira, com representantes da categoria, das empresas e do Governo do Estado.

 

O governo do Estado já tem ciência que as empresas operadores conseguiram várias liminares na justiça para impedir a paralisação e que também tomará as medidas judiciais cabíveis para impedir que este movimento irresponsável prejudique a população e os próprios trabalhadores do sistema neste momento tão delicado de pandemia e lembra que, de acordo com legislação vigente, é preciso que haja comunicação prévia de 72 horas para a realização de um movimento como este.

No entanto, o Governo do Estado ainda espera que a categoria reveja sua posição e não paralise o sistema que é um serviço essencial para a

população”.

fonte: ESHOJE