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Itamaraty envia lista de foragidos do 8 de janeiro para governo argentino e pede informações sobre investigados

Embaixador do Brasil na Argentina afirma que o Itamaraty enviou uma lista com 143 nomes de foragidos.

Golpistas invadem sede do STF durante ato de 8 de janeiro.Golpistas invadem sede do STF durante ato de 8 de janeiro. — Foto: Ton Molina/Fotoarena/Agência O Globo

O governo brasileiro pediu informações ao governo argentino sobre a presença de foragidos do 8 de janeiro no país. O Itamaraty perguntou se a Argentina tem conhecimento da situação dos brasileiros no território e qual é a condição de cada um deles.

Mas uma fonte da diplomacia Argentina explicou, de forma reservada à CBN, que se houver algum pedido de refúgio, o processo de extradição ficaria paralisado. Isso porque, pelo direito internacional, a análise é primeiro do pedido de refúgio antes de qualquer procedimento de extradição. O embaixador do Brasil na Argentina, Júlio Bitelli, disse a Globo News que o Itamaraty enviou uma lista com 143 nomes de foragidos.

Dos foragidos que não foram localizados na operação da semana passada, a PF contabiliza 47 com mandado de prisão na Argentina. Mas investigadores dizem que o número é maior e a PF tenta identificar todos eles.

Além da Argentina, a suspeita é de que alguns dos foragidos também estejam em países como o Paraguai e o Uruguai. No sábado, a ministra de Segurança da Argentina, Patrícia Bullrich, disse que o governo argentino não tem conhecimento sobre a entrada de foragidos e que a Argentina não recebeu pedido de extradição.

A suspeita da PF é que os foragidos tenham saído do Brasil pela Ponte da Amizade, no Paraná, em direção ao Paraguai e, de lá, seguido até a Argentina. A hipótese é que eles também tenham saído pelas fronteiras com Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A PF também tenta agora descobrir quem foram as pessoas que facilitaram e ajudaram os fugitivos. Investigadores ainda preparam uma lista com o paradeiro dos brasileiros para enviar ainda nesta semana o relatório ao STF. É o Supremo quem inicia o procedimento formal de extradição e emite a ordem para ser cumprida. Quem depois faz o processo é o Departamento de Cooperação Jurídica Internacional, que faz parte do Ministério da Justiça.

 

Fonte: CBN