Operação prende suspeitos de importação ilegal de eletrônicos que movimentou R$ 700 milhões
Ao menos quatro foram presos pela PF e pela Receita. Segundo investigação, organização criminosa no Paraná utilizava empresas de fachada para importar produtos diretamente da China, Hong Kong e EUA.
Operação da Polícia Federal e Receita Federal em Londrina contra o contrabando e lavagem de dinheiro — Foto: Divulgação
A Receita Federal e a Polícia Federal realizam uma operação, nesta quinta-feira (6), que mira uma organização criminosa responsável por importação ilegal de grandes quantidades de produtos eletrônicos. São cumpridos sete mandados de prisão e 53 de busca e apreensão em cidades do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Até agora quatro pessoas foram presas em Londrina, no norte do Paraná. Um dos alvos da Operação Anemia está fora do país.
O esquema teria movimentado R$ 700 milhões com a introdução de produtos no Brasil de forma ilegal a partir do Paraguai para abastecer lojas de em cinco estados que vendem produtos eletrônicos importados irregularmente.
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Produtos eram comprados com criptomoedas
A investigação, iniciada em 2020, aponta que o grupo comprava por meio de criptomoedas os produtos eletrônicos diretamente de fornecedores da China, Hong Kong e Estados Unidos.
O pagamento dos produtos era realizado por meio de uma complexa rede de empresas nacionais e no exterior, por meio de offshores.
Preso tem 12 apartamentos de luxo em Balneário Camboriú (SC)
A Receita Federal identificou que principal responsável pelo esquema de contrabando e lavagem de dinheiro, preso nesta manhã em Londrina, alcançou R$236 milhões de patrimônio em quatro anos, o que inclui 12 apartamentos de luxo em Balneário Camboriú, litoral catarinense, adquiridos por meio de uma empresa de fachada, como explica o delegado Reginaldo César Cardoso.
A Justiça Federal em Curitiba decretou o sequestro de bens de R$ 400 milhões dos envolvidos, incluindo imóveis e carros importados. Joias, armas, obras de artes e moedas estrangeiras foram apreendidas durante a operação.
Envolvimento de agentes públicos
O esquema teria envolvimento de agentes públicos ativos e aposentados da área de Segurança Pública do Paraná, por isso, a operação conta com apoio das corregedorias das polícias Civil e Militar do estado.