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Sequestro, ameaça e PIX: delegado dá dicas para sair da mira de criminosos

A grande praticidade do Pix torna raro encontrar quem não seja adepto do famoso “pagamento instantâneo”. Se antes os criminosos obrigavam as vítimas a fazerem saques em caixas eletrônicos, hoje o dispositivo mudou, mas a dinâmica continua a mesma: você, o seu celular e a transferência sob ameaça.

 

Com esse tipo de crime se tornando cada vez mais comum, fica a dúvida: dá para se prevenir? O delegado Érico Mangaravite, titular do 3º Distrito Policial de Vitória, deu algumas dicas, entre elas, de que esse tipo de delito ocorre quando os bandidos veem fragilidade ou oportunidade “deixadas” pelas vítimas.

Um exemplo é o sequestro no momento em que o motorista chega em casa e vai entrar na garagem.

“Essas abordagens, pelo que a gente percebe quando faz a análise das imagens e encontra as vítimas, normalmente acontecem em momentos de maior vulnerabilidade do condutor: quando vai estacionar ou sair com o carro, quando vai abrir ou fechar o portão”.

Por isso, é importante redobrar a atenção nesses momentos: os criminosos costumam escolher as vítimas mais distraídas.

“O ideal é tentar fazer essas transições para a garagem e para o carro o mais rápido possível. Se a vítima redobra a atenção e tenta aumentar as condições de segurança, a probabilidade de acontecer é menor”, pontuou.

E o Pix?

Pagamentos via PIX são utilizados por 61% dos brasileiros, segundo o Banco Central. — Foto: Giovane Oliveira/SEMUC PMBV

Em casos em que as táticas de prevenção não foram suficientes e a pessoa acabou abordada por criminosos, sendo obrigada a fazer transferências bancárias, a recomendação é não reagir, e assim evitar uma ação mais violenta do suspeito.

No entanto, para o prejuízo em relação às transferências via Pix ser menor, a principal ferramenta está na manutenção do limite máximo diário que o próprio usuário pode deixar configurado.

“É possível que o usuário do serviço ajuste no próprio aplicativo do banco os limites diários. Alguns bancos já estabelecem um limite padrão. O ideal é que a pessoa acesse o aplicativo, verifique o limite estabelecido e, se o valor estiver muito elevado, diminua”, orientou o delegado.

 

A importância do B.O.

 

Chefatura da Polícia Civil ES — Foto: Polícia Civil/Divulgação

O delegado comentou que não notou um aumento de ocorrências de sequestro-relâmpago no estado, mas ressaltou que é muito importante que as vítimas registrem boletim de ocorrência para que os suspeitos sejam localizados e o crime mapeado.

“Nós sabemos que é um momento complicado, a pessoa fica nervosa. Mas é muito importante que a vítima registre a ocorrência para que possamos procurar imagens o mais rápido possível. Às vezes aconteceu próximo a um estabelecimento comercial e podemos pegar imagens de videomonitoramento, mas alguns estabelecimentos costumam apagar as imagens com o tempo, então se demorarmos muito podemos perder essas pistas”, explicou.

G1 ES