Crescimento é concentrado nas contratações de setores informais do mercado de trabalho.
Após registrar taxa recorde de 15,1% no trimestre encerrado em março, o desemprego recuou para 13,7% no segundo trimestre do ano, de acordo com levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), feito com base na PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os dados desagregados para cada um dos meses mostram também que a taxa de desocupação dessazonalizada em junho ficou em 13,8%. Trata-se do menor patamar desde maio do ano passado.
O movimento é fruto do avanço das contratações, principalmente em setores que empregam relativamente mais mão de obra informal, como construção, agricultura e serviços domésticos, que registraram crescimento anual da população ocupada de 19,6%, 11,8% e 9%, respectivamente.
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Com o resultado, observa-se uma expansão de 16% dos empregados no setor privado sem carteira e de 14,7% dos trabalhadores por conta própria no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado.
De acordo com os dados obtidos na PNAD Contínua, o aumento do emprego no segundo trimestre ocorreu de forma disseminada para todos os segmentos da população quando comparado com o mesmo período do ano anterior. O destaque foi para a expansão da ocupação entre as mulheres, jovens e trabalhadores com ensino médio completo, com crescimento de 2,2%, 11,8% e 7%, respectivamente.
Apesar dos resultados positivos, alguns indicadores importantes mostram que outras dimensões do mercado de trabalho brasileiro ainda seguem em patamares bem desfavoráveis. Além da já mencionada alta na informalidade, observa-se a manutenção da subocupacão em nível elevado e o aumento do tempo de permanência no desemprego.
De acordo com os microdados coletados pelo Ipea, o percentual de trabalhadores desocupados que estavam nessa situação por dois trimestres consecutivos saltou de 47,3% no primeiro trimestre de 2020 para 73,2% no segundo trimestre de 2021. Por outro lado, a parcela de desempregados que obtiveram uma colocação no trimestre subsequente recuou de 26,1% para 17,8% no mesmo período.
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