O governador do Estado, Renato Casagrande, lançou, nesta segunda-feira (22), a Central de Intermediação em Libras (CIL-ES), serviço de tradução simultânea que viabiliza a comunicação entre pessoas surdas e ouvintes, por meio de videochamada, de forma gratuita. O dispositivo digital já está em pleno funcionamento em todo o território do Espírito Santo.
O lançamento do serviço ocorreu em uma solenidade realizada no Palácio Anchieta, em Vitória, transmitida ao vivo pelas redes sociais com tradução simultânea em Libras. Na oportunidade, a primeira videochamada foi realizada.
A CIL-ES representa um avanço para a inclusão social das pessoas usuárias de Libras, garantindo o desenvolvimento da autonomia e potencialidade de cidadãos e cidadãs com deficiência auditiva e/ou surdez. A interpretação, nesse caso, ocorre por meio de acesso a um site ou aplicativo, disponível para sistemas iOS, Android e Windows.
“Em um país tão desigual, temos que buscar mecanismos para a inclusão todos os dias. Sabemos das desigualdades que existem na sociedade, por isso precisamos oportunizar às pessoas com mais necessidade. Esperamos que a Central de Intermediação em Libras seja uma ação permanente no Espírito Santo, atendendo à toda população que necessita. Temos uma profissional em Libras no aplicativo 24h por dia realizando esse serviço”, pontuou o governador Casagrande.
O serviço pode ser utilizado para a prestação de informações sobre atividades públicas por meio de imagem em tempo real entre intérpretes da Central e pessoas com deficiência auditiva e/ou surdas usuárias de Libras. Este serviço estará disponível 24 horas por dia para atender as situações de emergência e os intérpretes trabalharão em regime de plantão sete dias por semana, inclusive nos feriados.
“Hoje damos mais um passo no caminho da inclusão, da acessibilidade. Essa é uma demanda antiga da comunidade surda e quando assumimos este governo, encontramos o processo parado. Compreendemos a necessidade desse serviço e buscamos experiência em outros municípios que já o implantaram. Entendemos que não podíamos fazer isso de forma restrita aos municípios. Por isso, hoje temos uma Central que pode ser utilizada em todo o Estado. Quando ocorrer um acidente com uma pessoa surda ou deficiente auditiva, ela poderá utilizar a CIL para se comunicar com o Samu”, afirmou a secretária de Estado de Direitos Humanos, Nara Borgo.
Outro exemplo citado pela secretária de Direitos Humanos foi no caso de mulheres surdas que sofrem violência doméstica e enfrentam dificuldades de comunicação. “Agora as delegacias vão poder acessar a Central de Libras para se comunicarem com elas, assim como em qualquer espaço com serviço público”, completou Nara Borgo.
A CIL-ES deve ser utilizada apenas em equipamentos públicos como, por exemplo, bancos estatais, fóruns, delegacias, hospitais públicos, serviços básicos de saúde públicos, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), entre outros que prestam serviço à comunidade dentro do território do Espírito Santo.
Matérias Relacionados